terça-feira, 29 de outubro de 2013

Joaquim Jorge Oliveira

RELÓGIO DO TEMPO

Corvos velhos, pintados de negro
Acordaram o meu corpo nu, ao raiar do dia
Deixaram a minha alma em desassossego
E os anjos partiram em silêncio mais uma vez
Deixando o meu ser humano, baloiçando
Como um pêndulo de relógio do tempo
Eu,desperto, prenhe de escrita e lucidez
Abençoado pela madrugada e pelo vento
Acordo! E escrevo este poema para ti
Só! Porque eu vi a tua tristeza por dentro
E, por essa razão simples! Escrevi!
Aquilo que me veio agora ao pensamento
Que eu sabia precisavas ler hoje! Aqui
Corvos velhos, tristes e pintados de luto
Despertam o meu ser mais profundo
A olhar o infinito e o futuro
Fecho os olhos apenas por um segundo
E choro,por ver este mundo tão impuro
Continuo baloiçando,baloiçando
Como um pêndulo de relógio do tempo
Fico agora solidário contigo meditando
Agora! Neste poema, neste momento
Porque quero tranquilizar o teu espírito
Que sei chora por dentro agora aflito
Corvos velhos, tristes pintados de luto
Despertam o meu ser para mais um dia
E sobreviver aqui com dignidade e impoluto
Abençoado pelo pelo perfume da maresia
Escuto os arautos da noite em silêncio
E aprendo com sua magna sabedoria
Peço-vos! Corvos velhos! Voltem amanhã
Acordem o meu corpo, para um novo dia
Se! Não vierem? fico só!
Perdido nesta evidente nostalgia
Prisioneiro da beleza do poema
E, do conteúdo da filosofia.

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