domingo, 29 de setembro de 2013

Celeste Leite

O Eco do Silêncio

No eco do silencio, 
cai a noite.
Sem a revolta do dia, 
vencendo o cansaço.
E neste infecundo amargor de solidão,
As dores de alma,
embalo-as no pulsar do coração.
E deito-me naquele gélido leito,
olhando a chuva prata que cai,
Vendo a lua girar para onde vai o meu olhar.
Lua que se desprende,
na noite por entre os raios de luz,
Das nuvens brancas sedosas que a acolheram.
Devassa do amor platónico,
devassa do eco irónico,
No silêncio da noite,
nas ramagens de um sonho,
Vou acendendo as velas apagadas,
consolando as mágoas,
Numa queixa abafada,
nas névoas soltas ao vento que passa.
Mas muros se erguem,
na poeira que se levanta
E o meu rosto retorcido,
fecha-se na voragem da consciência.
No som da distancia.
Nos constantes delírios da mente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário