domingo, 29 de setembro de 2013

Carlos Manuel Alves Margarido

Desgarrada de amor

Perdi os pés na manhã
No vai e vem 
Dos giros das ruas
Na sombra das tardes
Escurecidas na cal das paredes
Passo no assobio da tua janela
Por ti deixo uma lagrima
Em cada esquina
Se olhares nuns olhos
Ainda molhados a sorrir
Saberás quem sou
Que toquem o fado
Com a dor de todos os amores
Na força desmedida
De um abraço dançado
Sem ti sou um desgraçado
Perdido nos pés a cada amanhecer

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