sábado, 29 de junho de 2013

Telma Estevão

Pensamentos vacilantes

Submersa em pensamentos
Confio á minha alma lânguida
Os meus desassossegos 
E as minhas vontades.

Controlo a magia desenfreada
Dos meus fantasmas
E das minhas tristes lágrimas
Por instantes…

Destilo dos meus olhos estranhos e perdidos
O murmúrio da chuva invisível e salgada…

Choro na imensidão
Dos meus versos mansamente
E aos poucos tudo cessa
No meu coração e…neste poema meramente.


Colho os silêncios espaçados
E a vaga do perfume distante
Grave e austero.

Mordo os meus lábios secos e macilentos...

Secam na minha boca
As palavras quentes e doces
E os beijos que nunca te confiei…

Falece-me aos poucos
O crepitar da essência.

Movem-se sem rumo os sonhos…
Perdura a saudade
Nas asas dos meus voos…

Recordo melodias em carne viva
Cheias de febre e de sangue a latejarem.

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