terça-feira, 30 de abril de 2013

Margarida Cimbolini

FAGULHAS DA MANHÃ
por Margarida Cimbolini

paridas nas noite
amanhecem
as fagulhas da manhã
noite que nunca dorme
cada dia amanhece
mais cansada
vida que parece
não ser vida amarrada
os sonhos acabaram de partir
o corpo estremece
transparente de denso
tensas ficam as pétalas
da flor colhida
amanhecem as fagulhas
na manhã mal erguida
soam como sombras
passam como passos
ilusão sombria
os sons são os farrapos
da manhã vazia

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