terça-feira, 30 de abril de 2013

Jorge Caraça

Gaivota


Vai Gaivota vai no vento
Do Tejo da tua esperança
Trás as caravelas sem tempo
Navega cada momento
Nos olhos de uma criança

Vem gaivota vem voar
Sobre um chapéu marinheiro
E deixa o tempo passar
Vem gaivota vem pousar
No mastro de um cacilheiro

Vem gaivota e vem verdade
Pousar na crista da onda
Libertar toda a saudade
Neste mar de liberdade
Antes que a vida se esconda

Vem gaivota de asa negra
Nesse teu voar ligeiro
Como um amor que se entrega
A tempestade renega
Num coração mensageiro

Vem gaivota vem pescar
No rasto deste navio
Porque este tão grande mar
Alguém no cais faz esperar
Sujeito a morrer de frio

Quantos de nós se sujeita
Ao naufragar desalento
Na tempestade que espreita
Quando a vida se estreita
Vai gaivota vai no vento.

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