segunda-feira, 29 de abril de 2013

Auber Fioravante Júnior

Em Verso e Prosa
Auber Fioravante Júnior

Já escureceu, 
O céu bordou-se em diamantes, 
Pela sacada a brisa adentra perfumando,
Embriagando, acolhendo o pranto,
Trazendo a voz que te conduz... Estro!

Ah, poesia!

Incontido, colo presente, madrigal,
Dos casarões iluminados, viela outonal
Por d’onde passou, revelou-se em prosa,
Em verso docente, velas para o amor
Pétalas para fragrância, intuição!

Oh, majestade, ó, a escrita!

Ensejo, de pronto desejo, maestria
Pelo casulo aberto, das notas voadoras
O ocaso, a melodia em sua infinda solidão,
Da dor a palavra coesa sobre a folha
O grito retido, plantando sonhos, ilusão!

Ah, semeador de letras, oh, escriba!

Luar, deste sempre, sina poética
Verdejante monte o das oliveiras... Amém!

Do som agudo os cantadores de vento
Nutrem a alma quebrando o brando do silente,
Roda rodopia borboleta do etéreo sentir,
Sob a flor és princesa, quimera sobre a mesa,
Pena tinteiro lábio carmim, amor, sedução!

Oh, Menestrel,
Oh, o amor!

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