terça-feira, 6 de novembro de 2012

Ilusões

Atravessa as ramagens do Tempo
A fímbria de um vento milenar, 
Vagueando por estilhaços

De memórias olvidadas
Pelas mentes que, outrora,
As encarceraram em si.

A água cristalina corre eterna,
Desde o rio da existência humana
Até às profundezas do mar
Das nossas futuras vidas -
Que suavidade… A serenidade
Que a Alma sente ao nela fluir!

A noite desce, languidamente,
Sobre as colinas de um sonho
E o cristal da distante lua
Reflecte o mais ilusório
Dos sempre ilusórios desejos.

A ilusão é uma bolha de sabão,
Tão fragilmente oca, dispersa,
Singela, bela por condição;
Embora sempre devastadora,
Perfidamente enganadora…
Momentaneamente libertadora.


Sandra Fonseca Matias & Pedro Belo Clara




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