Ilusões
Atravessa as ramagens do Tempo
A fímbria de um vento milenar,
Vagueando por estilhaços
Atravessa as ramagens do Tempo
A fímbria de um vento milenar,
Vagueando por estilhaços
De memórias olvidadas
Pelas mentes que, outrora,
As encarceraram em si.
A água cristalina corre eterna,
Desde o rio da existência humana
Até às profundezas do mar
Das nossas futuras vidas -
Que suavidade… A serenidade
Que a Alma sente ao nela fluir!
A noite desce, languidamente,
Sobre as colinas de um sonho
E o cristal da distante lua
Reflecte o mais ilusório
Dos sempre ilusórios desejos.
A ilusão é uma bolha de sabão,
Tão fragilmente oca, dispersa,
Singela, bela por condição;
Embora sempre devastadora,
Perfidamente enganadora…
Momentaneamente libertadora.
Sandra Fonseca Matias & Pedro Belo Clara
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