sexta-feira, 16 de novembro de 2012

António Aleixo


António Fernandes Aleixo- ANTÓNIO ALEIXO

Vila Real de Santo António, 18 de Fevereiro de 1899 — Loulé, 16 de Novembro de 1949.
Foi um Poeta Popular Português.
Considerado um dos Poetas populares Algarvios de maior relevo, famoso pela sua ironia e pela crítica social sempre presente nos seus versos. António Aleixo também é recordado por ter sido simples, humilde e semi-analfabeto, e ainda assim ter deixado como legado uma obra poética singular no panorama Literário Português da primeira metade do século XX.
António Fernandes Aleixo está hoje, bem enraizado e presente. As suas obras foram apresentadas na televisão, rádio e demais sistemas de informação, os seus versos incluídos em diversas antologias, o seu nome figura na História da Literatura de Língua Portuguesa. É patrono de instituições e grupos político-culturais, existem medalhas cunhadas e monumentos erigidos em sua honra.


QUADRAS de António Aleixo

Eu não tenho vistas largas
Nem grande sabedoria,
Mas dão-me as horas amargas
Lições de filosofia.


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À guerra não ligues meia,
Porque alguns grandes da terra,
Vendo a guerra em terra alheia
Não querem que acabe a guerra.

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Da guerra os grandes culpados
Que espalham a dor na terra,
São os menos acusados
Como culpados da guerra.

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Se os homens chegam a ver
Por que razão se consomem,
O homem deixa de ser
O lobo do outro homem.

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Embora os meus olhos sejam
Os mais pequenos do mundo,
O que importa é que eles vejam
O que os homens são no fundo.

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Há lutas por mil doutrinas,
Se querem que o mundo ande,
Façam das mil pequeninas
Uma só doutrina grande.

António Aleixo
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Texto transcrito por: RÓ MAR

Imagem- Estátua de António Aleixo em Loulé, em frente ao Bar "Calcinha" frequentado em Vida pelo Poeta.

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