segunda-feira, 22 de outubro de 2012

SENTINELAS

Abri os olhos nessa manhã,
E num suspiro longo,
Estiquei-me... 

Ai, que delícia!
Sem pressa pra levantar...

Ao lado da cama,
À minha espera, de prontidão,
Os meus chinelos!

(Duma marca famosa, porém, popular!)

Coisa mais inusitada!
Nem sei bem o porquê,
Que acordei,
Com essa fixação!

Deitada ainda, me veio à cabeça,
Refleti...

São eles que me acompanham por aqui,
Nessa minha jornada terrena!
Todavia,
Jamais tinha parado pra pensar
Em como eram essenciais, assim!

Caminham comigo por todos os lugares,
Sem sequer questionar
Pra onde mesmo
Que ‘estamos’ indo...

Apenas, confortavelmente fieis,
Andam agarrados
Aos meus pés,
Em solo de pedra, areia, madeira,
Ou outro qualquer!

Seguem-me por aí...
Pra onde quer que eu vá!

E à noite, que alívio!
Quando apago as luzes do meu quarto,
Lá eles estão,
Paralisados, ao lado da cama,
Sem nenhuma noite falhar!

Durmo escoltada todos os dias...
Que sensação maravilhosa!
Sei que posso fechar os olhos, segura,
Pois, tenho companhia!

Hoje e amanhã caminho mais!

E ao lado da cama,
Não importa o lugar do planeta,
Meus chinelos,
De borracha macia...

Em estado de alerta!
Sempre fieis, à minha espera!



Patricia Zago




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