sábado, 27 de outubro de 2012

HOJE

Estou perdida de mim.
Perdida do Ser que Sou, 
Ausente de quem não sou.

Neste espaço e neste tempo
Não consigo encontrar-me nem definir-me...
Não sei quem sou,
Não sei o que sou...
Apenas sei que estou perdida na bruma
Sem saber onde procurar o rumo.
Quero ir para Casa!
Quero descobrir o meu Lar!
Tenho saudades da minha família cósmica,
Uma família que apenas reconheço
Em vislumbres de memórias muito remotas
E escondidas da minha razão consciente.
Sei que este não é o meu lugar,
Mas é neste lugar e neste tempo
Que se cumpre o meu contrato.
Mas que contrato? - Pergunto-me.
Se eu soubesse!
Ah! Se eu soubesse ou pudesse ler todas as suas cláusulas
Porventura sentir-me-ia mais confiante,
Menos perdida....

Mas o que sei é que não sei...
Não sei mesmo nada de mim...
Bloqueou-se a porta do saber,
Os meus irmãos cósmicos silenciaram-se
E deixaram-me abandonada neste espaço ao qual não pertenço...

À noite olho o firmamento
Na esperança de encontrar o rumo
E todas as estrelas me sorriem, mas nenhuma me orienta.
E o Universo sabe que ainda não sei caminhar sozinha.

Não há nem um sinal de conflito,
O que também é intrigante,
Pois se houvesse então teria algo a que me agarrar,
Poderia assim orientar algum tipo de acção,
Poderia encontrar um carreiro nesta bruma...
Mas não... estou completamente só e perdida
Do que sou,
De quem sou,
De onde sou
E para o que sou e estou...




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