HOJE
Estou perdida de mim.
Perdida do Ser que Sou,
Ausente de quem não sou.
Estou perdida de mim.
Perdida do Ser que Sou,
Ausente de quem não sou.
Neste espaço e neste tempo
Não consigo encontrar-me nem definir-me...
Não sei quem sou,
Não sei o que sou...
Apenas sei que estou perdida na bruma
Sem saber onde procurar o rumo.
Quero ir para Casa!
Quero descobrir o meu Lar!
Tenho saudades da minha família cósmica,
Uma família que apenas reconheço
Em vislumbres de memórias muito remotas
E escondidas da minha razão consciente.
Sei que este não é o meu lugar,
Mas é neste lugar e neste tempo
Que se cumpre o meu contrato.
Mas que contrato? - Pergunto-me.
Se eu soubesse!
Ah! Se eu soubesse ou pudesse ler todas as suas cláusulas
Porventura sentir-me-ia mais confiante,
Menos perdida....
Mas o que sei é que não sei...
Não sei mesmo nada de mim...
Bloqueou-se a porta do saber,
Os meus irmãos cósmicos silenciaram-se
E deixaram-me abandonada neste espaço ao qual não pertenço...
À noite olho o firmamento
Na esperança de encontrar o rumo
E todas as estrelas me sorriem, mas nenhuma me orienta.
E o Universo sabe que ainda não sei caminhar sozinha.
Não há nem um sinal de conflito,
O que também é intrigante,
Pois se houvesse então teria algo a que me agarrar,
Poderia assim orientar algum tipo de acção,
Poderia encontrar um carreiro nesta bruma...
Mas não... estou completamente só e perdida
Do que sou,
De quem sou,
De onde sou
E para o que sou e estou...
Nenhum comentário:
Postar um comentário