segunda-feira, 27 de agosto de 2012

“ÉS O MEU PORTO DE ABRIGO”

É para o mar que caminho, sem tino
Com o impulso forte de um destino
Pelo meio de pinhais e verdes florestas

Beijadas pela lua cor de prata a iluminar as giestas!

Dos montes e matas e moitas e muros
Gerânios e goivos em longos abraços
Estendem os seus braços,
E seus lábios vermelhos e puros!

E eu tenho no peito
Um barco sem leme perdido na bruma
De praias beijadas por beijos de espuma!

E tenho-te na alma meu amor-perfeito
Que me esperas no mar! És o meu porto de abrigo,
Onde a saudade aportou ficando comigo!

Alfredo Costa Pereira




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