segunda-feira, 30 de julho de 2012

Escrevo-te

Escrevo até que a mão, padeça…
Nesta teia complexa de sonhos
Descrevo, o teu ser inocente e febril
E antevejo, os teus suores que brilham
No lusco-fusco.
Navego em tuas águas, azuis
E até onde o olhar atento do luar, espreita.
Escrevo até que a mão, padeça…
E o teu olhar doce mas ardente
Extingue a fogueira
Que me vem de dentro
Que me corre nas veias, em silêncio.
Os meus dedos imprimem-te
E respiram, encanto
Aninham-se nas tuas asas
E envolvem-te o corpo.
Escrevo-te…até que as mãos, padeçam…
No teu dorso, deslumbrante e suave.
Redijo para parar
Esse momento, no tempo
E para abrandar a minha febre.
Cedo alimento ao coração
E em ti repouso e sossego.
Escrevo-te todos os dias, sem cessar (te).


Telma Estêvão


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